Dicionário Jurídico Brasileiro - Washington dos Santos
Curso Windows vista
Material ENEM - 2007
Montado com vários materiais e provas do Enem com Gabarito que será muito util para aqueles que vão fazer o ENEM deste ano de 2007, além disso tem algumas explicações sobre as provas a redação…
Estilo: Cursos / Ebooks
Fabricante: N/A
Tamanho: 34 Mb
Formato: Rar
Idioma: Português
Legislação - Códigos
Neste exemplar, o estudante e o profissional encontrarão o novo Código Civil, o Código de Processo Civil, o Código Penal, o Código de Processo Penal, o Código Comercial, o Código Tributário, a CLT, o Código de Defesa do Consumidor, a Constituição Federal e a Legislação Complementar.
Os Códigos, a Constituição Federal e a Legislação foram atualizados e revisados, visando proporcionar a facilidade da consulta. No sistema jurídico brasileiro, em face das normas referidas, a coletânea dos Códigos e demais Leis em uma única obra dizem mais do que a simples exigência de economicidade.
O intuito desta Obra é proporcionar eficiência e segurança na consulta aos temas de interesse. A atualização e a disposição dos Códigos facilitam o manuseio e a consulta com a rapidez que se exige nas aulas e na atuação profissional
Estilo: E-books / Jurídico
Editora: Jurídica Lemos & Cruz
Tamanho: 6 Mb
Formato: Rar
Idioma: Português
Quais as fases de um estudo clínico ?
Basicamente, a pesquisa clínica está dividida em dois grandes grupos:- a fase pré-clínica- a fase clínica
FASE PRÉ-CLÍNICAAntes de começar a testar novos tratamentos em seres humanos, os cientistas levam anos testando as substâncias em laboratório e em animais. Esta é a chamada fase pré-clínica.O objetivo principal desta fase é verificar se a medicação tem potencial para tratar determinada doença no ser humano.De 5.000 substâncias testadas em animais, somente 5 são aprovadas para continuar em desenvolvimento e passa para a fase clínica (fase I)
FASE CLÍNICAA fase clínica é a fase de testes em seres humanos. É composta por quatro fases sucessivas e somente depois de concluídas todas as fases, o medicamento poderá ser liberado para comercialização e disponibilizado para uso da população. As sucessivas fases dentro da fase clínica são:
- Fase I
Um estudo de fase I é a primeira vez que o medicamento será testado em seres humanos. Estes estudos não têm a intenção de demonstrar se um tratamento funciona ou não. O objetivo principal é checar o quão tóxico é este novo medicamento, ou seja, se os efeitos colaterais são suportáveis. Outros objetivos dos estudos nesta fase são:- determinar a dose e a forma de administração (oral, endovenosa, etc) deste novo tratamento.- verificar como o organismo reage a esta droga (chamado tecnicamente de farmacocinética). Por exemplo, alguns medicamentos passam rapidamente pelo organismo e são eliminados (pela urina e fezes). Outros tende a se reter no fígado e nos rins. Nesta fase, a medicação é testada em pequenos grupos (10 – 30 pessoas), geralmente, de voluntários sadios (no caso de doenças menos graves). No caso de doenças mais graves como câncer e AIDS, seria anti-ético testar estes medicamentos em pessoas sadias, por isso, testa-se em pacientes com a doença.De 100 novos tratamentos testados em fase I somente 70 irão para a fase II.
- Fase IIO número de pacientes que participará nessa fase será maior (menor de 100). Nesta fase, o objetivo é avaliar a eficácia da medicação (isto é, se ela funciona para tratar determinada doença) e também obter informações mais detalhadas sobre a segurança (toxicidade). Somente se os resultados forem bons é que o medicamento será estudado sob forma de um estudo clínico fase III.De 70 novos tratamentos testados na fase II, somente 30 irão para fase III.
- Fase III
Nesta fase, o novo tratamento é comparado com o tratamento padrão existente. O número de pacientes aumenta para 100 a 1.000. Geralmente, os estudos desta fase são randomizados, isto é, os pacientes são divididos em dois grupos: o grupo controle (recebe o tratamento padrão) e o grupo investigacional (recebe a nova medicação). A divisão entre os grupos é feita sob a forma se um sorteio. Assim, os pacientes que entram em estudos fase III tem chances iguais de cair em um ou outro grupo de estudo.Algumas vezes, os estudos fase III são realizados para verificar se a combinação de dois medicamentos é melhor do que a utilização de um medicamento somente. Por exemplo, se a combinação do antibiótico X (novo) com o antibiótico Y (tratamento atual) é melhor do que o antibiótico Y somente para tratar uma determinada infecção.
- Fase IV
Estes estudos são realizados para se confirmar que os resultados obtidos na fase anterior (fase III) são aplicáveis em uma grande parte da população doente. Nesta fase, o medicamento já foi aprovado para ser comercializado. A vantagem dos estudos fase IV é que eles permitem acompanhar os efeitos dos medicamentos a longo prazo.
O que é um estudo clínico ?
LIVRO: Violência faz mal à saúde
Área Técnica: SAS - Secretaria de Atenção à Saúde
Resumo: Com o objetivo de colaborar com gestores e profissionais de saúde, esta publicação traz alguns textos que permitem ampliar e aprofundar conhecimentos sobre a problemática da violência e exemplos práticos de ação. Esta obra é dividida em cinco partes, que mostram a questão historicamente, as principais formas de violência, o papel da mídia na vida social das crianças e adolescentes, a descrição de algumas experiências e, finalmente, as condições para uma infância e adolescência saudáveis.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Violência faz mal à saúde / [Cláudia Araújo de Lima (Coord.) et al.]. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 298 p.: il. color. – (Série B. Textos Básicos de Saúde)
Donwload:http://dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livros/zip/06_0315_M.zip
LIVRO: Biossegurança em Laboratórios Biomédicos e de Microbiologia
emergentes e reemergentes tem acarretado a discussão das condições
de biossegurança nas instituições de ensino, pesquisa, desenvolvimento
tecnológico e de prestação de serviços. A despeito do avanço
tecnológico, o profissional de saúde está freqüentemente exposto a riscos
biológicos e de produtos químicos, cujo enfrentamento está
consubstanciado na adequação das instalações do ambiente de trabalho
e na capacitação técnica desses profissionais. O manejo e a avaliaçào
de riscos são fundamentais para a definição de critérios e de ações, e
visam minimizar os riscos que podem comprometer a saúde do homem,
dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos
- Biossegurança.
A Biossegurança constitui uma área de conhecimento relativamente
nova, regulada em vários países no mundo por um conjunto de leis, procedimentos
ou diretrizes específicas. No Brasil, a legislação de
Biossegurança foi criada em 1995 e, apesar da grande incidência de doenças
ocupacionais em profissionais de saúde, engloba apenas a
tecnologia de engenharia genética, estabelecendo os requisitos para o
manejo de organismos geneticament modificados.
A segurança dos laboratórios e dos métodos de trabalho transcende
aos aspectos éticos implícitos nas pesquisas com manipulação genética.
Medidas de biossegurança específicas devem ser adotadas por laboratórios
e aliados a um amplo plano de educação baseado nas normas
nacionais e internacionais quanto ao transporte, conservação e manipulação
de microorganismos patogênicos.
Ao apresentar este livro, tradução autorizada do original em inglês
“Biosafety in Microbiological and Biomedical Laboratories - 4ª Edition -
CDC-INH, 1999, esperamos atender às necessidades de conhecimentos
básicos de biossegurança laboratorial, dos profissionais participantes do
Programa Nacional de Capacitação em Biossegurança Laboratorial, que
está sendo desenvolvido pelo Centro Nacional de Epidemiologia da Fundação
Nacional de Saúde - CENEPI/FUNASA, e constituir um roteiro
atualizado de condutas gerais de segurança para os profissionais que
atuam na Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública.
Donwload
http://www.uftm.edu.br/pesquisa/cep/AVIpesquisa070223110052.pdf
Bases de dados brasileiras na internet
Bases de Dados Brasileiras na Internet é um serviço de informação criado pelo Prossiga - Programa de Informação para Gestão de Ciência, Tecnologia e Inovação, que visa reunir e facilitar o acesso aos arquivos eletrônicos da produção científica nacional, disponibilizados na Internet.
Público Alvo:
O serviço tem como público-alvo privilegiado a comunidade de pesquisadores.
Gestores de informação científica e formuladores de políticas de ICT também podem se beneficiar do uso deste serviço, através do mapeamento da produção nacional (dados bibliográficos, numéricos e científicos) por área do conhecimento e produtores.
Áreas do conhecimento:
Ciências Agrárias
Agronomia
Ciência e Tecnologia de Alimentos
Recursos Florestais e Engenharia Florestal
Demais subáreas
Ciências Biológicas
Botânica
Ecologia
Genética
Imunologia
Microbiologia
Zoologia
Demais subáreas
Ciências Exatas e da Terra
Ciência da Computação
Física
Geociências
Matemática
Química
Engenharias
Engenharia Civil
Engenharia de Produção
Engenharia de Transportes
Engenharia Elétrica
Engenharia Química
Ciências da Saúde
Educação Física
Enfermagem
Medicina
Odontologia
Saúde Coletiva
Demais subáreas
Ciências Humanas
Ciência Política
Educação
Geografia
História
Demais subáreas
Ciências Sociais Aplicadas
Administração
Arquitetura e Urbanismo
Ciência da Informação
Comunicação
Demografia
Direito
Economia
Planejamento Urbano e Regional
Demais subáreas
Lingüística, Letras e Artes
Produtores
Poder Executivo
Ministérios
Secretarias Estaduais e Municipais
Órgãos Públicos
Autarquias
Fundações, Centros e Institutos de Pesquisa
Empresas Públicas
Instituições de Ensino
Instituições de Ensino
Conselhos Profissionais
Entidades Civis e ONGs
Associações e Sociedades Científicas
Organizações Internacionais
Organizações Privadas
Para pesquisas visitem:
http://www5.prossiga.br/basesdedados
Bibliotecas Virtuais Temáticas
As Bibliotecas Virtuais são coleções organizadas de documentos eletrônicos, onde cada fonte de informação possui dois atributos relacionados: os relativos ao seu conteúdo e os que identificam de forma descritiva o documento.
As Bibliotecas Virtuais Temáticas são coleções referenciais que reúnem e organizam informações, presentes na Internet, sobre determinadas áreas do conhecimento. Elas são desenvolvidas por meio da parceria do IBICT com Instituições que desejam organizar e difundir seus conteúdos temáticos no ambiente / web / .
Áreas disponíveis para pesquisa: Agropecuária na Amazônia, Artes Cênicas, Astronomia, Ciências Socias, Economia, Educação, Educação à Distância, Energia, Engenharia Biomédica,Engenharia de Petróleo, Estudos Culturais, Inovação Tecnológica, Jurídica, Literatura,Matemática, Mulher, Museus de Ciência e Divulgação Científica, Óptica, Política Científica e Tecnológica, Saúde Mental, Saúde Reprodutiva.
Visitem:
http://prossiga.ibict.br/bibliotecas/
Relatório de Pesquisa
Sendo assim, o relatório deve constar de:
Normalmente, fazem parte de um relatório de pesquisa as seguintes partes:
Identificação
Introdução
Fundamentação teórica
Objetivos
Metodologia
Análise dos dados e Resultados
Considerações finais
Referências bibliográficas
Comentário sobre cada uma delas:
§ Identificação – capa
- Nome da Instituição
- Título do trabalho
- Nomes completos do(s) autor(es)
- Local e data
§ Introdução – Explique o que você pesquisou, ou seja, o seu objeto de pesquisa. Como na justificativa do projeto, convença seu leitor de que sua pesquisa é relevante. Faça um pequeno histórico dessa idéia, conte de onde ela surgiu e porquê. Mostre, sutilmente, para seu leitor que seu trabalho merece ser lido.
§ Fundamentação teórica – Apresente o aparato teórico que deu suporte à sua pesquisa, que te ajudou a levantar hipóteses e a estabelecer seus objetivos. Esclareça conceitos importantes; apresente, discuta e posicione-se a respeito de diferentes visões ou abordagens; mostre que você conhece o que se diz sobre o assunto, discutindo questões polêmicas ou problematizando algumas delas e explicite sempre seu posicionamento nessas discussões.
§ Objetivos – A partir dessa reflexão teórica apresente seus objetivos e suas hipóteses nesse trabalho. Objetivos geralmente aparecem em forma de itens que geralmente começam com verbos: ex.: verificar a influencia de x em y; com base em x propor uma tipologia de Y;, entre outros. As hipóteses, por sua vez, são apresentadas de forma resumida e seguidas de breves justificativas (ex.: acredita-se que ... uma vez que ...)
§ Metodologia – Essa parte vai variar muito dependendo do objeto de trabalho, mas normalmente especifica os seguintes aspectos:
- Sujeitos da pesquisa – quem são, faixa etária, sexo, grau de escolaridade, diferenças entre os grupos, etc.
- Método de coleta de dados (procedimentos) – que materiais foram usados, como os dados foram coletados, etc.
§ Análise dos dados e resultados – apresentação dos dados em tabelas e/ou gráficos, seguidas de reflexões teóricas sobre eles, a fim de fazer generalizações, tecer explicações, corroborar ou refutar as hipóteses e responder à questão proposta para a pesquisa. Verifique se os objetivos propostos para a pesquisa estão sendo devidamente contemplados. Se for o caso, proponha na discussão dos resultados, uma reestruturação da teoria. Como você, muito provavelmente, não vai conseguir explicar tudo o que seus dados mostram, nem resolver todos os problemas teóricos, este é o momento de você apresentar para seu leitor os questionamentos que ainda restam e que poderão ser investigados em futuras pesquisas.
§ Considerações finais (ou conclusões) – Raramente chegamos realmente a conclusões muito definitivas, por isso, em muitos casos é melhor tratar de considerações finais e deixar a conclusão para os casos em que realmente ela ocorrer. Dadas às particularidades e restrições de cada pesquisa, normalmente, o que temos são indícios, tendências e não conclusões. Nesse fechamento da sua pesquisa, retome os objetivos propostos na introdução, faça um breve resumo do que foi feito e apresente as suas principais conclusões, (que são conseqüência do que foi feito e não tiradas do acaso).
§ Referências bibliográficas
- Liste, em ordem alfabética (pelo sobrenome do autor), as obras citadas no trabalho.
- Não devem constar nessa lista as obras que foram apenas consultadas.
- Siga as normas ABNT.
PLANEJAMENTO OPERACIONAL DA PESQUISA
que deverão ser efetuadas para aplicar a estratégia da pesquisa escolhida.
Estas ações dizem respeito à seleção da população a ser estudada, à definição
das variáveis e à coleta de dados, assim como à análise dos dados recolhidos.
População: Toda questão de pesquisa define um universo de objetos aos quais
os resultados do estudo deverão ser aplicados. A população alvo, também
chamada população estudada, é composta de elementos distintos possuindo
um certo número de características comuns. Estes elementos, chamados de
unidades populacionais, são as unidades de análise sobre as quais serão
recolhidas informações.
Uma população é um conjunto de pessoas, objetos, acontecimentos ou
fenômenos com pelo menos uma característica comum.
Amostra: Uma amostra é um subconjunto de indivíduos da população alvo.
Para que as generalizações sejam válidas, as características da amostra devem
ser as mesmas da população.
Existem dois tipos de amostras, as probabilísticas, baseadas nas leis de
probabilidades, e as amostras não probabilísticas, que tentam reproduzir o mais
fielmente possível a população.
Existem várias técnicas de amostragem, cada uma tem vantagens e
desvantagens, e a escolha deverá ser feita pelo pesquisador de acordo aos
objetivos propostos pela pesquisa, de forma a garantir (tanto quanto possível) o
sucesso da pesquisa e dos resultados.
Deve haver critério para a seleção desses elementos; cada elemento da
população deve ter a mesma chance de ser escolhido para garantir à amostra o
caráter de representatividade.
As técnicas para a determinação da amostragem são:
Amostragem probabilística:
a) Amostragem aleatória simples
É a seleção por meio de sorteio. Inicialmente, devemos listar ou numerar de
um a N a população a ser analisada, e posteriormente selecionar uma amostra
de pelo menos 10% da população mediante a um sorteio. Para o sorteio
podemos fazer uso da tabela de números aleatórios.
b) Amostragem sistemática
Esse método é um procedimento para a amostragem aleatória utilizado
quando os elementos da população já se acham ordenados.
Exemplo: Uma escola mantém um arquivo contendo os registros de
antigos alunos. Entre um total de 10 000 fichas, podemos tirar de forma
sistemática uma ficha a cada 10, totalizando uma amostragem de 1000 fichas.
Para garantir a mesma probabilidade para cada ficha da amostra, deverá ser
feito um sorteio da primeira ficha entre as 10 primeiras.
Supondo que a primeira ficha sorteada foi a de número 4, as fichas que
compõem a amostra são: {4, 14, 24, 34, 44,...,9984}.
c) Amostragem estratificada.
Considera a população dividida em subconjuntos, em que cada subconjunto
recebe o nome de estrato e apresenta uma característica comum entre seus
elementos.
Exemplo: suponha uma empresa com 84 funcionários, em que 25 pessoas são
do sexo feminino e as 59 restantes são do sexo masculino.
A população é constituída pelos 84 funcionários: N = 84 (100%)
Um dos estratos é constituído pelos funcionários do sexo masculino: N1 = 59
(70%)
O Outro estrato é constituído pelos funcionários do sexo feminino: N2 = 25 (30%)
A composição da amostra deve manter a mesma proporção dos estratos.
Amostra = 9 elementos
n1 = 0,70 x 9 = 6 homens e n2 = 0,30 x 9 = 3 mulheres
Amostragem não probabilística:
a) Amostragem acidental
b) Amostragem de voluntários
c) Amostragem por quotas
Variável
Variável é uma característica da população que pode ser classificada em
dois ou mais grupos disjuntos.
Classificação das variáveis pela sua natureza
Qualitativa:
- Nominal (não existe ordenação entre as categorias)
Exemplos: sexo, raça.
- Ordinal (existe uma ordem natural nas categorias)
Exemplos: classe social, grau de instrução, consumo de álcool.
Quantitativa:
- Discretas (resultado de contagens)
Exemplos: número de filhos, número de reprovações.
- Contínuas (resultados de mensurações)
Exemplos: estatura, nota na prova.
Observa-se que uma variável quantitativa pode-se transformar em uma
variável qualitativa e isso depende da descrição da variável.
Instrumento de pesquisa
Chama-se de “instrumento de pesquisa” o que é utilizado para a coleta de
dados. Em nossos estudos, vamos considerar, o questionário e a entrevista.
Estes dois instrumentos têm, de comum, o fato de serem constituídos por uma
lista de indagações que, respondidas, dão ao pesquisador as informações que
ele pretende atingir. E a diferença entre um e outro, é ser o questionário feito de
perguntas, entregues por escrito ao informante e às quais ele também responde
por escrito, enquanto que, na entrevista, as perguntas são feitas oralmente, quer
a um indivíduo em particular quer a um grupo, e as respostas são registradas,
geralmente pelo próprio entrevistador.
Os questionários e entrevistas possuem técnicas próprias de elaboração
e aplicação, que precisam ser obedecidas, como garantias para sua validade e
fidedignidade.
A entrevista é um diálogo preparado com objetivos definidos e uma
estratégia de trabalho. O questionário é um conjunto de questões préelaboradas,
sistemática e seqüencialmente disposta em itens que constituem o
tema de pesquisa.
Geralmente se preferem, para o questionário, perguntas fechadas e, para
a entrevista, perguntas abertas ou simplesmente tópicos. De fato, como nesta
última o entrevistador se encontra junto ao informante, bastam apenas
indicações mais amplas, podendo fazer, no momento oportuno, as adaptações e
complementações que forem necessárias, o que não acontece no questionário
onde o informante se encontra sozinho e sem nenhuma ajuda.
Perguntas fechadas são as que alguém responde assinalando uma das
alternativas, já anteriormente fixada no formulário.
Projeto de pesquisa: tema, problema e hipótese
Para que uma pesquisa seja objetiva e nos conduza a respostas
específicas devemos, sempre pesquisar temas específicos. Quando necessário,
podemos encaminhar pesquisas paralelas, mas cada uma delas dentro de
temas o mais específico possível.
Se quisermos pesquisar o tema violência, por exemplo, devemos delimitalo
a uma dimensão menor, tal como: A violência nas escolas.
FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Após a delimitação do tema, a próxima etapa é a formulação do problema
a ser pesquisado. Toda pesquisa científica começa pela formulação de um
problema e tem por objetivo procurar a solução do mesmo. O problema de
pesquisa costuma ser apresentado geralmente na forma de uma proposição
interrogativa e deve expressar a dúvida que queremos esclarecer sobre o tema
delimitado.
Exemplo: “A aplicação de um novo método de ensino aos alunos do ensino
médio produzirá aumento de rendimento escolar?”.
CONSTRUÇÃO DA HIPÓTESE
Chama-se de “hipótese” a fase do método de pesquisa que vem depois
da formulação do problema. Sob certo aspecto, podemos afirmar que toda
pesquisa científica consiste apenas em enunciar e verificar hipóteses.
Uma hipótese de pesquisa é a “resposta” que você imagina para o
problema formulado. Ela deve conter todos os conceitos e variáveis envolvidas.
Deve ser redigida de forma clara, sem termos ou conceitos implícitos.
A hipótese da pesquisa é uma suposição objetiva e não uma mera
“opinião”. Além disto, precisa ter bases sólidas, assentadas e garantidas por
“boas” teorias e por matérias primas consistentes da realidade observável.
Como elaborar projeto de pesquisa? Roteiro
1) O QUE FAZER?
1.1. Formular o problema
1.2. Enunciar as hipóteses
1.3. Definir os termos do problema e da hipótese
1.4. Estabelecer as bases teóricas, isto é, a relação que existe entre a
teoria, a formulação do problema e o enunciado da hipótese.
2) POR QUÊ? PARA QUÊ? E PARA QUEM FAZER?
2.1. Justificativa da pesquisa
2.1.1. Motivos que justificam a pesquisa: motivos de ordem teórica e de
ordem prática.
2.2. Objetivos gerais da pesquisa
2.2.1. Definir, de modo geral, o que se pretende alcançar com a execução
da pesquisa (visão global e abrangente).
2.3. Objetivos específicos da pesquisa
2.3.1 Fazer aplicação dos objetivos gerais a situações particulares.
3) ONDE FAZER? COMO? COM QUÊ? QUANTO? QUANDO?
(Plano do experimento)
a) População e amostragem
b) Controle de variáveis
c) Instrumento de pesquisa
d) Técnicas estatísticas
e) Cronograma
3.1. ONDE? COMO?
3.1.1. Descrever o campo de observação com suas unidades de
observação e variáveis que interessam à pesquisa:
- População com suas características.
- Se for utilizar amostra, justificar, dando os motivos, e apresentar o
modo como a mostra será selecionada e suas características.
- Local
- Unidades de observação relevantes para a pesquisa
- Quais as variáveis que serão e como serão controladas. Qual o plano
de experimento que será utilizado.
3.2. COM QUÊ?
3.2.1. Descrever o instrumento da pesquisa que vai ser utilizado.
3.2.2. Que informações se pretender obter com eles.
3.2.3. Como o instrumento será usado ou aplicado para obter estas
informações.
3.3. QUANTO? (utilização de provas estatísticas)
3.3.1. Quais as hipóteses estatísticas enunciadas.
3.3.2. Como os dados obtidos serão codificados.
3.3.3. Que tabelas serão feitas e como serão feitas.
3.3.4. Que provas estatísticas serão utilizadas para verificar as hipóteses.
3.3.5. Em que nível de significância.
3.3.6. Previsão sobre interpretação dos dados.
3.4. QUANDO? (cronograma)
3.4.1. Definir o tempo que será necessário para executar o projeto, isto é,
para realizar a pesquisa, dividindo o processo em etapas e indicando que
tempo é necessário para realização de cada etapa.
4) COM QUANTO FAZER E COMO PAGAR? (Plano dos custos da
pesquisa)
4.1. Prever os gastos que serão feitos com a realização da pesquisa,
especificando cada um deles.
Artigo Científico Versus Artigo de Revisão
Segundo a prática convencional, artigos científicos e artigos de revisão requerem diferentes estilos de edição, que reflitam seus diferentes objetivos e público. Partindo da minha própria experiência como editor em duas publicações bem diferentes, eu certamente concordo. A palavra de ordem de um artigo cientifíco, minha função mais básica na Science, é precisa: documentar a investigação do autor. Para a grande maioria dos artigos na literatura científica como um todo (senão na Science) o público é bem pequeno e muito específico: na verdade, muitos são lidos do começo ao fim por não mais que 10 pessoas - e isso incluindo os colegas do autor e os especialistas.
O estilo de um artigo cientifíco é bastante formulado, com a maioria das publicações seguindo alguma versão do padrão seqüencial de Introdução-Métodos-Resultados-Discussão. Com a ajuda dos revisores, o trabalho do editor é se certificar de que o estudo tem fundamento, que é um avanço legítimo e inovador, que é apresentado de forma clara e concisa, e que está no contexto mais amplo dos desenvolvimentos pertinentes (histórico e contemporâneo). O mais importante é que o editor precisa estar satisfeito com o texto, de forma que contenha informação suficiente para permitir que o leitor avalie os méritos do trabalho e - teoricamente - possa repeti-lo. Claro, alguns trabalhos não são repetíveis - por exemplo, um conjunto de dados ecológicos recolhidos durante um longo período é de fato uma fonte ímpar, e em tais casos o editor precisa ter certeza de que os dados são suficientes para permitir que os leitores avaliem a eficácia da interpretação do autor sobre os resultados.
Antes de ir para a Science, há 3 anos, trabalhei para a Trends in Ecology & Evolution (ou TREE, como ficou conhecida), uma publicação inteiramente devotada a notícias, comentários e análises. Um texto de revisão geralmente tem uma palavra de ordem mais difusa do que um trabalho inédito de pesquisa: documentar e interpretar o desenvolvimento e a tecnologia de ponta de uma determinada área. O público para uma revisão é maior do que aquele para os artigos científicos e irá tipicamente abranger vasta familiaridade com a área - do iniciante ou interessado observador de fora ao especialista. O estilo de uma revisão é menos formulado e os editores têm debates acalorados entre si e também com os autores, sobre o que constitui material analítico legítimo. Deve uma revisão se concentrar estritamente em noticiar os avanços feitos nos últimos anos ou pode se estender para incluir novas sínteses, novas hipóteses ou novas conclusões? O único consenso parece ser que uma revisão é definida por aquilo que não contém: notadamente, pesquisa inédita e novos resultados.
Um contraste fundamental entre as revisões e os artigos científicos é que as revisões tendem a ser comissionadas (i.e., a convite) pelo editor ao invés de serem submetidas para avaliação como o são os artigos científicos. Publicações excelentes de pesquisa têm altos índices de rejeição de artigos científicos - às vezes excedendo 90%. Sob estas circunstâncias, muitos trabalhos competentes têm que ser rejeitados depois da análise de colegas, mesmo se as falhas identificadas pelos revisores são em sua maioria consertáveis. Em contraste, o índice de rejeição para os revisores convidados é bem menor. Isso acontece em parte por que o editor comissiona já de olho em preencher uma cota pré-estabelecida de páginas, mas também por que um elemento-chave de controle de qualidade se delineou no início do processo: o editor tentou escolher um tópico interessante e um autor de quem se pode esperar um artigo de autoridade. Mesmo assim, os manuscritos de análise irão receber freqüentes críticas de revisores, geralmente em virtude do equilíbrio do artigo e de quanto foi ou não explorado - uma falha que geralmente pode ser consertada pelo autor. Com freqüência, há a simples divergência de opiniões, que - pelo motivo de os artigos de revisão conterem quase que inevitavelmente alguns elementos subjetivos - não levam necessariamente à rejeição.
Apesar destas diferenças, o editor tem que trazer os mesmos conhecimentos básicos a ambos os tipos de manuscritos: um olho vivo nos detalhes, um faro do que é ou não interessante e um senso para ajudar os autores a transmitirem sua mensagem da forma mais eficiente para o leitor. O editor também tem que estar preparado para levar chumbo dos autores rejeitados, embora isso se aplique mais aos artigos de pesquisa do que às análises, em parte porque acontece seguidamente e em parte porque freqüentemente há pesada expectativa de que o artigo científico seja bem sucedido. Já que as carreiras científicas são parcialmente construídas com a publicação da pesquisa inédita, não é de se estranhar que os autores rejeitados fiquem aborrecidos. Assim, um outro conjunto de talentos editoriais muito necessário é gostar das responsabilidades inerentes à profissão, desenvolver confiança na própria capacidade de avaliação e comunicar as decisões com eficiência e tato.
Uma vez que um trabalho, de qualquer tipo, tenha sido aprovado para publicação, vários desafios ainda restam ao editor. Um dos mais universais é diminuir o trabalho para o tamanho desejado. A maioria das publicações estipula um número limite de palavras e número máximo e tamanho de figuras, quadros ilustrativos, etc. Tive a sorte (ou azar, dependendo do ponto de vista de cada um) de trabalhar para duas publicações onde os limites de tamanho são especialmente apertados: as análises na TREE devem ter 2.500 palavras, com 35 referências; os artigos na Science também são de 2.500 palavras - mas isso também inclui referências e legendas. Minha experiência é que a maioria dos autores rotineiramente ignora esta exigência e, ou acham que aqueles 25% extras não serão notados, ou protestam com o editor que seu trabalho merece tratamento especial. Geralmente, nenhuma destas hipóteses é verdadeira e o editor pode achar jeitos de aparar sem perder informações essenciais. Embora o editor deva sempre se esforçar para preservar o estilo do autor, pode se conseguir muito ao editar palavras desnecessários ou usar palavras mais curtas. Assim, ´recursos necessários para o metabolismo e crescimento contínuo` - uma das minhas preferidas - se transforma simplesmente em ´alimento`, sem perda de informação.
Limites de tamanho existem por dois motivos. Primeiro há o argumento econômico: trabalhos mais longos significam mais páginas, que significam tempos de edição mais longos e maiores custos de produção e distribuição. Segundo, e tão importante, as necessidades do leitor precisam ser consideradas: em geral, trabalhos mais curtos tendem a ser lidos por mais pessoas, e se o objetivo é alcançar um público interdisciplinável, um limite curto é sempre desejável.
Existem outras formas de enxugar uma redação. Nos últimos anos, a possibilidade de colocar informações adicionais em um recurso auxiliar online ao invés de em um papel impresso tornou este processo mais fácil e fez com que uma publicação como a Science ficasse mais acessível a trabalhos que geralmente estavam fora de cogitação pela simples questão da quantidade de dados necessários para sustentar as reivindicações do autor. Existe uma desvantagem nisso, é claro: o editor ainda tem que verificar se a informação impressa e a online está devidamente equilibrada e que - livre de qualquer restrição de tamanho máximo - o material online em si não fique algo tedioso ou desinteressante. Mas isso é sem duvida a direção que as publicações científicas estão tomando.
Quais são as recompensas para o editor? Primeiro existe a recompensa muito tangível de produzir algo novo a cada semana. Segundo, não se tem a ansiedade de escrever pedidos de financiamento para a pesquisa. Mas para mim a melhor parte tanto na Science quanto na TREE, tem sido o acesso privilegiado a um vasto campo de pesquisa fascinante e a oportunidade de interagir com um número enorme de cientistas de disciplinas abrangentes.
Por Andrew Sugden
Science, Cambridge, Reino Unido
*Traduzido por Karen Shishiptorova
Fonte: Universia Brasil
Estudos clínicos e epidemiológicos
Estudos epidemiológicos se limitam à observação de uma determinada população, não envolvendo nenhuma intervenção nos indivíduos estudados. Podem ser utilizados para avaliar a mortalidade de determinada doença ou relações entre estilo de vida e o risco de contraí-la, por exemplo. Este é o tipo de estudo que costuma aparecer nas manchetes de jornais, indicando que comer a comida X ou beber a bebida Y diminui (ou aumenta) o risco de contrair determinada doença. Nesses estudos, os cientistas registram uma série de dados sobre a saúde e os hábitos de um número de indivíduos e buscam associações entre esses dados. A sua grande limitação é que, através deles, é geralmente possível chegar apenas a correlações, mas não a relações de causa e efeito. Um estudo desse tipo pode mostrar, por exemplo, que pessoas que tomam um copo de uísque por dia têm menor risco de desenvolver determinada doença, mas não podem provar que o copo de uísque é a causa desse menor risco. Algum outro fator associado à ingestão do uísque poderia ser a verdadeira causa (por exemplo, talvez as pessoas que tomam uísque diariamente tenham uma situação financeira que lhes permita o acesso a um sistema de saúde mais moderno). Vários estudos epidemiológicos indicando a mesma correlação constituem um forte indício de que uma relação causal provavelmente existe, mas essa relação só será provada quando o mecanismo através do qual ela atua for identificado e comprovado.
Testes clínicos são os mais confiáveis na avaliação de um medicamento ou terapia. Neste tipo de estudo, os médicos têm o maior controle possível sobre as variáveis que podem afetar os resultados, permitindo estudar com maior precisão cada fator envolvido. Em um estudo clínico típico, dois grupos de pacientes são utilizados: um grupo recebe o medicamento a ser avaliado (a intervenção que diferencia este tipo de estudo de um estudo epidemiológico), enquanto um segundo grupo (chamado de grupo de controle) normalmente recebe um placebo ou algum outro medicamento já testado anteriormente. Atualmente a administração de um placebo ao grupo de controle só é considerada justificada na ausência de algum tratamento comprovado. Os resultados dos dois grupos são então comparados, determinando se o medicamento em teste realmente apresenta um efeito significativo.
Testes clínicos normalmente são realizados em uma progressão, cada vez com um número maior de pacientes. A FDA (Food and Drug Administration), por exemplo, usa um sistema de três fases: a fase 1 utiliza de 20 a 100 pacientes ao longo de alguns meses, visando principalmente garantir a segurança do medicamento; a fase 2 utiliza centenas de pacientes durante até dois anos, visando confirmar mais uma vez a segurança do medicamento, mas principalmente estudar sua eficácia; a fase 3 pode empregar até milhares de pacientes durante até quatro anos, visando determinar, além da eficácia e segurança do medicamento, sua dosagem adequada.
Estes quatro grupos de estudos formam uma espécie de pirâmide. Os estudos in vitro são mais simples, mais baratos e realizados em maior quantidade, gerando uma base de conhecimentos usados para determinar quais as linhas mais promissoras de ação. Os testes clínicos estão no topo da pirâmide - mais complexos e caros, representam a conclusão de anos (ou décadas) de trabalho e fornecem a resposta mais confiável possível para as questões.
Mas como em qualquer tipo de pesquisa científica, cuidados precisam ser tomados para garantir que a conclusão obtida seja realmente bem fundamentada. Erros na metodologia ou na execução de um estudo podem deixar margem para dúvidas que invalidariam suas conclusões.