Os dez mandamentos para a boa redação em trabalhos científicos

1º. NÃO USAR GÍRIAS E EVITAR O NEOLOGISMO E O ESTRANGEIRISMO

Palavra nova formada no seio da língua ou importada de língua estrangeira.

Emprego da palavra ou frase estrangeira.

Não se pode esquecer de que a monografia deve primar pela clareza. E, como a escolha lexicaldá uma identidade ao texto, deve se fazer uso das palavras de que se tenha absoluta certeza da grafia e do significado. Além do mais, a redação produzida é avaliada conforme a identificação, a proximidade com a norma culta da língua.

As palavras escolhidas pelo autor para a construção do trabalho.

Elimine as gírias e as expressões não dicionarizadas ao léxico português. Não invente palavras novas. Habitue-se a conferir a forma e o significado das palavras que não lhe sejam familiares em um dicionário.

Evite o estrangeirismo. Prefira sempre um termo equivalente em português; exceto aqueles já admitidos na linguagem jurídica. Caso se veja obrigado a usar palavras desse tipo, não esqueça de colocá-las com aspas e em itálico.

2º. NÃO UTILIZAR O TEXTO PARA PROPAGAÇÃO DE DOUTRINAS RELIGIOSAS, FILOSÓFICAS OU POLÍTICAS

O texto do relatório final não deve ser pretexto para nada. E, como um texto dissertativo também caracteriza-se por um raciocínio lógico, a monografia só deve declarar e concluir o que ela própria encaminha como possível de ser dito, coerentemente com a construção do argumento. Assim, é defeso explicar o que não se conhece bem por meio de dogmas religiosos ou preceitos políticos e filosóficos que, necessariamente, não se encaixem com propriedade na análise.

3º. NÃO ANALISAR O TEMA PROPOSTO MOVIDO POR EXAGERADA EMOÇÃO

O que significa dizer que a adjetivação deve ser usada com parcimônia. O excesso de adjetivos somente remete a uma mera opinião, a uma abordagem subjetiva do tema que, na maioria das vezes, traz dificuldades de compreensão ao leitor. Para evitar tais exageros, atente para:

Os pronomes indefinidos, tais como: todo, tudo, nada, algum, nenhum, certos, etc. são palavras, como o próprio nome diz, de sentido indefinido. Uma monografia com muitas palavras desse tipo revela falta de precisão na abordagem do tema. Sendo assim, os pronomes indefinidos devem ser usados com especial atenção e, na medida do possível, serem substituídos por palavras de sentido exato, preciso.

Igual sorte persegue os pronomes demonstrativos: este, esse, aquele, etc., só funcionam em texto quando realmente substituem imediatamente um nome. Assim, evite começar parágrafo com a palavra “aquele”, por exemplo, para não obrigar o leitor a buscar em passagens anteriores do texto o significado do que pretende veicular com o demonstrativo.

4º. NÃO FAZER USO DE ABREVIAÇÕES

Escreva as palavras por extenso. Nunca use “c/” para substituir “com”; “tb” em lugar de “também”, “p/ex.” para “por exemplo”; e assim por diante. Também evite, apesar de correto, usar as abreviaturas para designar as medidas de tempo, distância ou peso. Ao designar legislação codificada o faça primeiramente por extenso, para depois utilizá-la abreviada. Por exemplo: Código Civil Brasileiro – CCB. No entanto, já é praxe na linguagem escrita designarem-se séculos com algarismos romanos maiúsculos e anos e décadas com arábicos. Nas demais situações, prefira sempre a forma nominal dos numerais aos algarismos.

5º NÃO REPETIR VÁRIAS VEZES A MESMA PALAVRA

Preferencialmente, não repita a mesma palavra, em seqüência, em nenhum momento da monografia, e não a repita, sob nenhuma hipótese, em um mesmo parágrafo. Entretanto, é claro que as palavras que generalizam a idéia do tema deverão aparecer em todos os momentos do texto.

6º. NÃO INTRODUZIR NO TEXTO IDÉIAS VAGAS, OBSCURAS E INDEFINIDAS

Todo o tema deve ser trabalhado, estruturado, a partir da soma de declarações e justificativas do autor. Então, procure valer-se apenas de argumentos que realmente lhe possibilitem analisar o tema. Isto é, introduza e discuta em seu texto apenas idéias que de fato possa discutir, analisar. Não é uma atitude ética reproduzir no texto declarações sobre as quais não se esteja bem informado ou que não se tenha claro entendimento.

7º. NÃO FUGIR DA DELIMITAÇÃO DO TEMA

Na monografia o autor deverá redigir um texto que se caracterize pela exposição e justificação de idéias a respeito de um assunto delimitado. Portanto, não dê mais importância ao exemplo do que à análise do tema que ele cumpre a função de meramente ilustrar.

8º. NÃO VIOLAR, SE POSSÍVEL, O LIMITE MÍNIMO DE LAUDAS ESTABELECIDO PELA FACULDADE, PARA O RELATÓRIO FINAL DA MONOGRAFIA

Na melhor das hipóteses, escrever menos laudas que o limite mínimo solicitado pela faculdade é uma desobediência aos aspectos formais estabelecidos como critério de avaliação do Regimento das Monografias. Portanto, conforme a interpretação dessa desobediência, o orientando poderá ter ou não a sua monografia desvalorizada.

9º. SEGUIR DISCIPLINADAMENTE O ORIENTADOR

Se a pesquisa pode ser, metaforicamente, representada pela travessia de um rio, a nado, pelo pesquisador; o treinador do nadador seria o orientador. Portanto, seguir as suas recomendações é vital para uma travessia segura e exitosa.

10º. FAZER UMA REVISÃO ORTOGRÁFICA E GRAMATICAL MINUCIOSA DO TEXTO FINAL

Caso não se tenha segurança suficiente sobre a parte ortográfica e gramatical aplicada, entregue o trabalho aos cuidados de um especialista. Apesar de dispendioso, evitará constrangimentos perante à banca.

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